As preferências estéticas são sempre furiosamente políticas e metafísicas.
Charles Baudelaire (1821-1867), o amador e crítico de arte que percorre os Salões, tem uma consciência radical. Contra o academicismo pomposo, ele lança sua palavra de ordem: retorno ao presente, mas a um presente revestido pela Beleza eterna.
Neste ensaio publicado em folhetim em 1863, que passa pelo ato de nascimento da modernidade, ele faz o elogio do artifício, da maquilagem e das aparências, da mulher elegante, da cidade, do frívolo e do horror. E desenvolve, também, uma teoria do dandy.
Nas suas palavras, «a modernidade é o transitório, o contingente, a metade da arte, cuja outra metade é o eterno e o imutável.»
Edição de bolso (2010), ilustrada com reproduções do artista Constantin Guys, 92 páginas
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