terça-feira, 15 de julho de 2014

NOITES LÚGUBRES, de José Cadalso

José Cadalso é um ilustre desconhecido do público leitor brasileiro; no entanto, sua obra Noches Lúgubres, datada de 1774, influenciou o romantismo brasileiro e inspirou a chamada poesia sepulcral.
Publicada pela primeira vez em 1789, gozou de fama extraordinária no século XIX, sobretudo nos anos do romantismo.
No Brasil, o texto ficou conhecido pela tradução de Francisco Bernardino Ribeiro, publicada em folhetim na “Minerva Brasiliense”, em 1844.
Cadalso, um “filósofo ilustrado” escreveu uma obra que é pura irracionalidade, como um cientista ou uma mente obsessivamente lógica que sonha na noite e expurga suas verdades mais profundas, reprimidas pelo cérebro racional.
As Noites Lúgubres foram escritas em 1774, o mesmo ano em que Goethe publicou Os Sofrimentos de Werther, marco inicial do romantismo e que desencadeou uma onda de suicídios na Europa.
Cadalso é considerado o primeiro autor do romantismo europeu, movimento literário nascido no estertor do século da razão. Mais do que mero estilo literário, o romantismo tornou-se uma fé e uma necessidade, e paradoxalmente o romântico jamais deixou de ser um crente que perdeu a Deus e a razão.

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Brochura, 66 páginas, formato 13 X 19, 5 cm. 1ª edição brasileira em livro de "Noches Lúgubres", publicada originalmente em 1785. Tradução de F. Bernardino Ribeiro Atualização ortográfica, prefácio e nota biográfica do autor por Bira Câmara.

quarta-feira, 25 de junho de 2014

AS RUÍNAS DA GLÓRIA, Fagundes Varella


Varella, além de poeta, dedicou-se também à crônica e era um prosador talentoso. Mas muitos críticos são da opinião de que a sua prosa é claramente inferior a sua poesia. No entanto, isso nos parece um julgamento precipitado e na defesa do poeta temos que desculpar-lhe a brevidade da existência e reconhecer que não houve tempo para que o prosador que havia nele amadurecesse.

Os seus contos, reunidos nesta coletânea, têm nítida influência de Álvares de Azevedo (Noite na Taverna e Macário) e pagam tributo ao gênero macabro, que teve em Shakespeare, Byron, Hoffmann e Pöe seus grandes expoentes.
Todos os que se debruçam sobre a obra de Varella não deixam de lamentar o seu fim precoce; se numa curta existência alcançou tão destacado lugar nas letras nacionais, que porvir brilhante não lhe caberia se tivesse vivido mais? Neste caso, quem sabe não teríamos — além do contista — também um grande romancista? Talento para isso não lhe faltava.

Fagundes Varella, As ruínas da Glória , Contos fantásticos e outros escritos de Fagundes Varella, Bira Câmara Editor, 2014. Brochura, 112 páginas, formato 13 X  20 cm. Ilustrado. Organização, prefácio e projeto gráfico de Bira Câmara. Textos: “A guarida de pedra”, “As bruxas”, “Recordações de viagem”, “Palavras de um louco”, “Poesia e os poetas”, “Acúsmatas” e “Manuscrito”. 


quarta-feira, 18 de junho de 2014

GRAÇAS E DESGRAÇAS DO OLHO DO CU

O gênio irreverente de Quevedo y Villegas, uma das maiores glórias da literatura hispânica, ousou fazer o elogio dessa parte secreta do corpo humano cuja nobreza é menosprezada por quase todo mundo.

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Brochura, 54 páginas, formato 13,5 X 20 cm.